A
economia de compartilhamento vem ganhando cada vez mais espaço nos últimos anos, e é fundamental que fotógrafos estejam atentos a essa tendência.
Com a crescente popularidade de plataformas e serviços, como o do Airbnb, da Uber e do uso de Coworkings para reuniões e trabalho, esse modelo de negócio pode oferecer oportunidades valiosas para quem trabalha com fotografia. E são sobre estas oportunidades que vamos falar hoje. Mas primeiro, o que é essa tal de "economia compartilhada"?
O que é economia compartilhada:
Como o nome indica, este
é um modelo de negócio que foca no compartilhamento de recursos físicos, humanos e/ou intelectuais.Antes, muitos empreendedores precisavam serem "donos" de uma grande infraestrutura para seus negócios funcionarem. Com o compartilhamento de recursos e custos, isto não é mais necessário.
Por exemplo: O fotógrafo profissional há alguns anos precisava alugar uma sala comercial ou imóvel para ser seu estúdio e/ou receber clientes para reuniões. Hoje não. Hoje, este profissional pode locar espaços por demandas/trabalhos ou por determinado período de tempo.
Ou seja, a economia compartilhada visa:
- No "uso em conjunto" e não na posse;
- Na otimização de recursos (há menos desperdício e ociosidade de espaços, equipamentos, serviços etc.), gerando menor impacto no meio ambiente (mais sustentabilidade);
- E a maior acessibilidade para empresas e empreendedores atuarem (diminuição de custos a quem empreende).
Como fotógrafos podem se beneficiar da economia compartilhada:
1) Menos custos = Mais lucro.
Por muitas décadas, a fotografia
era uma atividade cara.
O fotógrafo profissional tinha de investir em conhecimento, equipamento e infraestrutura para atuar. E quando falamos em infraestrutura, coloque na conta: valor do aluguel, condomínio, água, luz, telefonia, internet, café e água para receber os clientes, endereço fiscal, contador etc.
Com a economia compartilhada
os custos diminuíram:
- - Os equipamentos ficaram mais acessíveis;
Além das câmeras e lentes terem ficado mais baratas, você nem precisa ser dono destes equipamentos, você pode alugá-los.
- - E não é mais necessário ser dono de um estúdio gigante com pé direito de 4m para receber seus clientes e para fotografar.
Hoje é possível locar o espaço conforme a demanda de trabalho ou diminuir significativamente os custos espaciais (vamos sobre isso no item 4) e de administração, usando serviços, com os presentes em coworkings.
Em resumo, ficou beeem menos burocrático e beeem mais barato para quem deseja atuar profissionalmente na fotografia. O que o fotógrafo ou futuro fotógrafo precisa é investir em conhecimento constante.
2) Locações sob demanda.
Imagine a seguinte situação:Você recebeu a demanda de fotografar em 360º uma peça de arte de quase 2m de altura. Você precisaria de um local grande o bastante para fotografá-la e com controle absoluto de luz para se manter fiel à cor da peça. Você percebe que este "job" irá remunerâ-lo de forma satisfatória e que você tem domínio técnico para realizá-lo com maestria, MAS que não tem equipamentos nem infraestrutura para as fotos. Você: A) Se desesperaria e montaria do zero e às pressas um estúdio fotográfico em um galpão? B) Ou alugaria um estúdio profissional e que também já disponibiliza para locação os equipamentos necessários (flashes, fotômetros, softtboxes, tripés etc.) para as fotos?
Se você escolheu a alternativa B, você já tem o pensamento de economia compartilhada. ;) Muitas vezes, os fotógrafos precisam de locações especiais para realizar seus trabalhos ou para atuar no dia a dia (receber clientes para reuniões, editar fotos sem interrupções, estúdio etc.).
A economia de compartilhamento facilita o acesso a espaços exclusivos e interessantes, como casas, estúdios e até mesmo locações naturais, que podem ser alugados por um período curto de tempo.
Essa flexibilidade permite que você eleve a qualidade de suas fotos e ofereça um serviço diferenciado e pensado na demanda do cliente.
Dica: Fotógrafos, fiquem de olhos em coworkings!
Coworkings são espaços de trabalho compartilhados usados por empresas, profissionais liberais ou freelancers.
A pessoa ou empresa loca o espaço de trabalho em um coworking de acordo com suas necessidades (sala privativa, posto em mesa compartilhada etc.) e tem à sua disposição uma série de facilidades* como: recepção, internet, limpeza, sala de reuniões, café passado, estacionamento, entre outros.
*Obs: O acesso e os valores das facilidades variam de acordo com o plano e com os serviços contratados na locação do coworking.
A nossa escola, por exemplo, está dentro de um espaço compartilhado, o
Artis Coworking. ;)
Fotógrafo, você: - Está cansado do caos do home office que mescla trabalho, rotina da casa e família?
Que tal comprar uma diária em um coworking e passar o dia editando sem ser interrompido e fazendo pausas para tomar café fresquinho e fazer networking?
- Tem reunião com cliente, mas não quer recebê-lo em sua casa por segurança ou privacidade?
Que tal reservar a sala de reunião de um coworking e não ter de se preocupar com limpeza, café ou segurança?
3) Não compre um equipamento fotográfico! Primeiro, alugue ou teste antes de comprá-lo.
Além de locar o espaço sob demanda, também é possível alugar equipamentos fotográficos sob demanda (para trabalhos específicos ou por determinado período de uso).
Isso permite que profissionais tenham acesso a itens de alta qualidade sem terem gastar grandes quantias de dinheiro -
aliás, esta é uma forma de experimentar diferentes equipamentos antes de decidir comprá-lo ou não, gerando menos desperdício financeiro e lixos eletrônicos. 4) Networking: "Olá, futuros clientes!".
Estar em um ambiente movido pela economia compartilhada é abrir possibilidades para novos negócios e clientes.
No
ambiente de coworking, por exemplo, é na pausa para o cafézinho, na troca de cartões na recepção ou nos eventos de networking que o próprio espaço organiza que o fotógrafo poderá encontrar futuras parcerias, colaborações e clientes.
E quem atua profissionalmente na fotografia sabe: indicações e novos clientes são o que movem o negócio fotográfico e mantém a agenda cheia.